Resenha: Eu não quero voltar sozinho
Giovana leva seu melhor amigo, Leonardo, para casa todos os dias depois da aula. Essa rotina ocorre pois Leonardo é cego. Porém, além de ajudar o amigo, Giovana consegue passar mais tempo com o mesmo já que nutre uma paixão silenciosa por ele. Ele não percebe os sentimentos da amiga, mas mesmo assim a situação dos dois muda quando Gabriel chega na escola. A dupla, então, se torna um trio. E mais para frente, Gabriel se torna uma paixão de Leonardo.
Eu Não Quero Voltar Sozinho é uma das histórias mais bonitas que já vi. A habilidade do diretor Daniel Ribeiro em fazer um enredo com um ciclo perfeito – nada ali está sobrando ou deslocado – chega a impressionar. Contudo, a maior qualidade desse maravilhoso curta é a sutileza. O amor é tratado da forma mais certeira possível: puro sem parecer inocente demais e verdadeiro sem apelar para maiores invenções. Tudo é verossímil, o que deixa a sensação de que aquela história que está se desenvolvendo é universal. E na minha concepção, realmente é.
O roteiro se preocupa bastante em humanizar a descoberta de uma nova paixão, e isso é algo importante para se ressaltar. A cena em que o protagonista Leonardo pergunta para Giovana se ela acha que ele é bonito reflete essa preocupação. Depois do surgimento de Gabriel, aquele menino que antes não se interessava por ninguém, agora passa a se preocupar com a própria beleza só para saber se está agradando o menino por quem está apaixonado.
Portanto, Eu Não Quero Voltar Sozinho é sobre descobertas. Descobertas na vida, no amor, na homossexualidade, no companheirismo, na amizade.
Nós já mencionamos o curta e seu filme nesse outro post, de Wil Amaral e Larissa Koloszuk: http://bit.ly/19jeGCB Confira!