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#EspecialMarvel 

 

Cena Pós-Créditos: Crítica-Vingadores: A Era de Ultron

Por Rodrigo Ribeiro e Lucas Teves

 

E depois de toda a nossa cobertura da série do Demolidor no blog, no Instagram e no Twitter, é a vez da crítica do nosso especialista Rodrigo Ribeiro.

  

Depois de 7 anos e 10 filmes, a Marvel chega na metade de sua trilogia com Vingadores 2: A Era de Ultron. Dirigido por Joss Whedon, na trama, depois de enfrentar Loki, os Vingadores enfrentam os remanescentes da Organização Hydra. Enquanto isso Tony Stark que, ao recuperar o Tesseract, constrói uma inteligência artificial chamada Ultron, que acaba se rebelando e tem o objetivo de extinguir a humanidade.

 

Um dos trunfos que o filme tem é o seu roteiro esperto e inteligente, que consegue sintetizar centenas de assuntos e problemas em ótimos diálogos e situações. Como a cena do martelo do Thor na festa na Torre Stark. Onde o uso dela ali é de puro alívio comico, e em outra cena, é usada como instrumento de comparação de poder e caráter de um personagem(Visão). Nível de criatividade e síntese de roteiro como poucos conseguem.

Visão, aliás, muito bem estabelecido no longa. Se firmando como um dos novos heróis favoritos. O filme consegue empolgar com suas cenas de ação, tendo a luta entre o Homem de Ferro e Hulk, um show de efeitos especiais que anima qualquer fã de quadrinhos.

 

Um dos pontos fracos, porem, está no título do filme. Ultron tenta ao mesmo tempo ser cómico e temível, não alcançando o ponto certo de nenhuma das duas. Mas algo a ser falado é a excelente atuação de James Spader, que faz muito bem o trabalho que foi dado e entrega nos momentos de humor. Outro personagem que perde um pouco a oportunidade de brilhar é Mercúrio. Ao contrário de sua irmã, Wanda, interpretada pela irmã menos famosa(até agora) das Wolsen, Elizabeth Olsen, que consegue transmitir uma personalidade ferida, com uma voz rouca e introvertida. Mercúrio, especialmente com as comparações com o Mercúrio de X-Men: Days of Future Past, tem uma atuação bem aquém e automática por parte de Aaron Taylor Johnson.

 

Outros personagens como Gavião Arqueiro e Viúva Negra saem da síndrome do coadjuvante que permeava em suas últimas aparições para entregar carisma e humanidade no filme. Em um lugar com andróides, mutantes (ou divindades como a Marvel tem chamdo) e deuses, eles são o que o publico consegue mais se relacionar, com problemas humanos como familía para cuidar. Especialmente Gavião, que se torna um personagem crucial para o funcionamento do filme, dando além das frases de humor.

 

 

A Era da Decepção(?)

 

O sentimento de um filme para crianças de 12 anos permeia o longa. Poucas mortes, inimigos robôs, cenas de humor para quebrar o clima de tensão. Sim, o filme é para esse público, mas para os nerds que esperavam um tom mais sombrio ou até um "Império Contra-Ataca" dos Vingadores, que o filme aparentava ter antes do lançamento, vão se decepcionar.

 

 

Algumas partes do filme ficam desconexas diante da trama central, mostrando mais variedade de locação do que utilidade para o roteiro. A cena com Ulysses Klaw(Andy Serkis) por exemplo,  parece deslocada no momento em que acontece, sendo apenas um gancho para o combate entre Hulk e Homem de Ferro. Não há muita gravidade, com poucas cenas brutais(um desmenbramento,

 

que será "útil" para o futuro dos filmes e não necessariamente importante para a trama do filme), e uma morte com pouco impacto, comparando com o que poderia ter sido posto(•cofcof• gavião arqueiro •cofcof•). É um filme que fica um pouco diluído diante de tantas situações. O climax do filme acaba ficando um pouco fatigante para as mais de 2 horas do longa, com tanta ação ao longo do filme, o final chega a ser um excesso.

 

Mesmo assim, Joss Whedon, como no filme anterior, mostra que sabe dirigir uma equipe de super-heróis na tela. Com experiência vasta no assunto, de séries como Firefly e Buffy, e filmes como Serenity, o director consegue dar valor a cada Vingador sem que nenhum fique apagado, dando exemplo pra franquias como X-Men, por exemplo.

 

No fim, A Era de Ultron é mais do mesmo, o que no caso de um filme dessa magnitude, não é algo ruim. Mas que perde o "elemento surpresa" que o primeiro filme e outros longas da Marvel, como Capitão América 3 e Guardiões da Galáxia, conseguiram de diversas formas. O filme acaba virando uma sopa de conceitos que não são explorados ao seu máximo, apenas sendo pincelado pela trama. Mas o que falta de aprofundamento sobra em ação, humor e diversão no filme. Eh um filme dificil por justamente não ter um começo, meio e fim. E ser apenas mais uma peça do quebra-cabeça que é o Universo Cinematográfico da Marvel.

 

 

The Avengers Theme Song -
00:00 / 00:00

7.8

Nota:

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© 2015 - por alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie

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