Quebrando Tabus
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A representação da primeira personagem homossexual do cinema ocorreu em 1875, em “The Gay Brothers”, de Thomas Edison. Naquela época, o tema costumava ser censurado quando era tratado de forma aberta. De acordo com Fábio Silveira, do blog “Transas do Corpo”, os primeiros sinais de mudança vieram principalmente do cinema inglês, como em "Meu Passado Me Condena", de 1961.
No entanto, a abordagem da temática LGBT no cinema tem ganhado mais espaço nos últimos cinco anos. “Hoje eu quero voltar sozinho”, vencedor do Teddy Bear em Berlim – prêmio voltado para filmes com temática homossexual – e do prêmio da crítica internacional, contou a história de um personagem que encarna duas minorias, a dos deficientes visuais e a LGBT. A atuação brilhante de Guilherme Lobo (Leonardo) no longa emocionou uma geração inteira de jovens, tamanha a identificação com os sofrimentos e paixões do protagonista.
Esse tipo de produção reflete o momento de luta por igualdade em que se encontra o Brasil. Embora casais homoafetivos já possam se casar em qualquer cartório do país e haja certa representação da minoria no Congresso Nacional, ainda há muito a se conquistar, como uma lei que criminaliza a homofobia, responsável por muitos jovens permanecem trancados no armário por medo da violência. A esse respeito, Maurício José afirma que “o Brasil é um país ainda com homofobia forte, o que é um horror, e filmes podem fazer com que pessoas se apropriem da causa e assim eliminar qualquer tipo de preconceito”.