Telonas alemãs recebem novo longa brasileiro em Festival de Berlim
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O segundo semestre de 2015 reserva a estreia de outra produção nacional que ganhou destaque no Festival de Berlim. Após o sucesso de “Praia do Futuro”, de Karim Aïnouz, e do premiadíssimo “Hoje eu quero voltar sozinho”, de Daniel Ribeiro, chegou a vez de “Beira-Mar” conquistar as telonas alemãs.
O longa conta a história dos amigos Martin (Mateus Almada) e Tomaz (Maurício José Barcellos) que viajam ao litoral do Rio Grande do Sul para resolver problemas familiares. Instalados em uma casa de vidro à beira de um mar revolto, os personagens, em uma busca incessante por si mesmos, acabam reencontrando um ao outro.
O roteiro do primeiro longa-metragem dos diretores gaúchos Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, formados em cinema pela PUC-RS, teve inspiração em suas próprias experiências quando mais novos. “Passamos por similares medos, desejos, situações... E decidimos assim, fazer de nosso primeiro longa-metragem uma história de colagem de memórias”, conta Filipe em entrevista ao MackCult.
A sexualidade é um dos aspectos marcantes do filme. Um dos protagonistas, Maurício José Barcellos (Tomaz) – encontrado pelos diretores através do Facebook –, diz que o filme mostra “o lado ok de ser gay. O personagem não sofre com preconceitos externos e nem com incertezas sobre a sua sexualidade. Ele está ali completo e seguro”. Isso porque muitas produções reduzem as experiências de jovens gays ao preconceito e sofrimento ao invés de se aprofundar em outros aspectos, como o amadurecimento, caráter e amor.
Para o diretor, “a sexualidade é sempre um importante aspecto durante toda a vida, mas especialmente nesse momento [adolescência] – seja para um homossexual, heterossexual, bissexual etc”. No entanto, Filipe enxerga a produção mais como um coming of age do que um coming out, pois os protagonistas enfrentam um momento de transição para a vida adulta, marcada pelos conflitos, pressões e inseguranças inerentes a tal mudança.
“Beira-Mar” promete uma história de amor que atravessa a amizade verdadeira, o amadurecimento e as dificuldades que o futuro reserva. Ao que tudo indica, podemos esperar um sucesso tão grande como o de “Hoje eu quero voltar sozinho” e voltar a nos emocionarmos com um romance que transcende os simples rótulos sociais para a diversidade sexual.
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